Prometer algo impossível é a única maneira de conseguir realizá-lo. Aprendi isto com um escritor que me visitou em minha cabana na curva da existência à esquerda. Na mesma tarde, me levou um exemplar de seu livro e discutimos metanarrativas.
Depois de uma longa e infinita troca de experiências, encerramos o ciclo temporal do nosso encontro e iniciamos um processo de despedida, baseado no rompimento do nosso fluxo de informação.
- Você sente tudo isso que escreve? - perguntou o escritor da porta do seu pequeno e compacto modulador dimensional.
- O escritor aqui é você - respondi. Nossos olhares se encontraram e um novo universo criou-se diante de nós, feito do fluxo de provocações recém nascidas. Senti uma espécie de vergonha.
- Acho que está na hora do senhor ir... - disse dando um passo para trás.
- Promete que termina o que começou? - o homem tateou o painel e em instantes desapareceu no espaço-tempo para lá das cavidades temporais da 9º dimensão.
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