Por vezes questionei muitas coisas, mas foi numa dessas viagens que conheci uma grande cientista que gostava de questionar apenas uma coisa: A realidade.
Em uma de nossas conversas, ela logo começou a questionar.
"Vivemos numa simulação. Há padrões por toda a parte. Matemático ou não, esta realidade é simulada".
"Mas se temos autonomia para reconhecer que ela é simulada, não deveríamos automaticamente estar fora dela?"
"Esta autonomia de pensamento também faz parte da simulação. Quem nos criou, tem controle total do experimento. Ele controla tudo, portando, precisa ser o mais real possível, então permite que seja questionado, mas ele sabe que não conseguiremos sair. É a essência do homem 'livre' que o acorrenta"
"Mas se já sabemos que é simulada, o próximo passo é apenas descobrir como sair"
"Não é tão fácil..."
"Claro que é! O criador deveria nos temer agora que sabemos dele!"
"Se você fosse um cientista que faz experimentos com ratos e um desses ratos olhasse para você e tentasse te ferir arranhando o vidro, você se assustaria?"
"Não... Eu poderia destruí-lo em poucos segundos."
"Exato. Ele sabe que podemos questioná-lo, aliás, é ele quem permite tudo isso. Ele permite todas as coisas, ele estabeleceu e programou os limites. Mas como o cientista que estuda o rato e precisa dele para algum motivo, ele também nos estuda e tem algum fim"
"Então, por que você insiste tanto em questionar?"
"Eu quero vencê-lo no cansaço."
"Para quê?"
"Para saber se ele vai me destruir ou não"
"Com qual intuito?"
"Saber se a criatura pode afetar o criador de uma forma grandiosa"
"E se ele não fizer?"
"Aí ele estará fazendo a minha vontade máxima: Não ser morta pelo criador"
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